๑۩۞۩๑ Bem vindos a minha doce voz de vento ๑۩۞۩๑


12/06/2013

Quando for de verdade...

Quando for de verdade não vai haver sofrimento. Quando for de verdade, não dói. A gente chora, se desentende, mas se é de verdade não vira dor. Daquelas de perder o sono, de perder a cabeça, de perder a fome. Daquela dor de vontade de arrancar o coração e queimá-lo na fogueira de São João. Vai existir um outro tipo de dor, mas, é do tipo aperto no peito curado por cinco minutos de conversa fora e sem desaforos passa, vai embora, como se a brisa tivesse levado tudo num sopro. Mas, sofrimento, esse de perder a cabeça, não. O amor é leve. Não vão haver cicatrizes, nem corações em pedaços. Quando for de verdade, no lugar da tristeza que cala o peito e destrói a alma terão borboletas. Nem sempre serão borboletas, mas, jamais será escuridão. Quando for verdadeiro vai somar. Vai compreender e trazer café na cama pra te ver sorrir. Quando for verdadeiro vai te irritar de um jeito doce que lhe arranque sorriso bobo no canto da boca, vai te surpreender nasemana cansada de trabalho duro. Vai ligar de madrugada ou no meio do dia dizendo sentir sua falta. Inventar uma desculpa qualquer pra prolongar o tempo ao seu lado e não vai dar desculpas pra não te ver. Quando é verdadeiro, desvenda seu jeito e aceita os defeitos pra encaixar em um par. Se for verdadeiro traz felicidade agora e não apenas planeja um final feliz. Fala a verdade, constrói sonhos e destrói barreiras. Compensa a falta de algo com mais atenção e mais carinho. Se for verdadeiro, vai te lembrar todos os dias o quanto não dá pra viver sem você. 1 semana, 18 meses, 20 anos, tanto faz. Será intenso e pode durar pouco. Pode durar a vida. Mas se for de verdade, você vai saber, no toque, na pele, na fala. 

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= Sobra tanta falta =

TeatrO.

TeatrO.
Cada palavra dita, cada expressão retorcida, cada gesto, o menor deles, feitos em um palco, não são apenas gestos, palavras e expressões, pois cada um deles é feito por nossas vozes interiores, vozes da alma, que gritam desesperadamente para ganharem vida.Vozes que afagam e que elevam nossas mentes, levando-as para uma transição entre o real e o imaginário. Cada personagem é uma vida e uma renovação no nosso modo de pensar e agir. Essas personagens jamais serão esquecidas, sempre viverão em nossas mentes, estão em movimento contínuo, misturam-se e criam sempre mais, com um pouco de uma e um pouco de outra, novas, novas e mais novas personagens são criadas e apreciadas por aqueles que tem o prazer e o dom de entendê-las. "O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor de teatro é bom na medida em que escreve peças que dão margem a grandes interpretações dos atores. Mas, o ator tem que se conscientizar de que é um 'cristo' da humanidade e que seu talento é muito mais uma condenação do que uma dádiva. O ator tem que saber que, para ser um ator de verdade, vai ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios. É preciso que o ator tenha muita coragem, muita humildade, e sobretudo um transbordamento de amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor da personalidade de seus personagens, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano não tem instintos e sensibilidade padronizados, como os hipócritas com seus códigos de ética pretendem." Plínio Marcos"

Meu bem querer.

Meu bem querer.
Nada é melhor do que minha palheta preta no meu violão velho de cordas descoordenadas, tocando melodias sem tom, letras sem nexo e gritos de solidão. Inicio de coisa boa, misturado com um som sem igual, desafinado, mas ainda assim perfeito, lindo, uma arte abstrata, subjetiva e cheia de dúvidas. Minha linda palheta preta toca com precisão nas velhas cordas cheias de nós do meu velho violão. (Day Guedes)

"E metade de mim é platéia e a outra metade canção... por inteira sou arte"

"E metade de mim é platéia e a outra metade canção... por inteira sou arte"
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio, que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca, pois metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante, porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade. Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento, porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço, que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada, porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão. Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável, que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que me lembro ter dado na infância, porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei. Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito, e que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer, porque metade de mim é platéia e a outra metade é a canção. E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também.