๑۩۞۩๑ Bem vindos a minha doce voz de vento ๑۩۞۩๑


28/12/2009

Minhas princesas e meu principe

Era uma vez um castelo mágico...
Bom, na verdade era uma escola mesmo. Mas a gente costumava dizer que era um castelo encantado.
Eu e as meninas diziamos que o Felipe era o nosso príncipe, ele era o único menino da turma, elas eram as princesas e eu a rainha.
A sala de aula? o nosso castelo cor-de-rosa. As carteiras? os quartos das princesas e do principe claro.
No nosso castelo não era permitido ficar de castigo, gritar ou falar palavra feia.
E tinha uma única regra: SER FELIZ.
Para entrar no castelo era preciso uma senha, a senha secreta, mas como o ano terminou não vejo mal algum contar: um beijo na rainha do castelo e o passaporte para o mundo encantado estava garantido.
Quem chegasse triste era obrigado a passar por um castigo infalivel, cosquinhas na barriga era o suficiente para o sorriso aparecer.
Na saida o batom mágico e cheio de brilho não podia faltar, cada princesa voltava para casa com uma marquinha na buchecha da rainha do castelo.
Tantas coisas, momentos, as letrinhas lindas e caprichadas, com a ajuda do pozinho da rapidez tudo ficava mas divertido de se fazer e escrever. E a hora da leitura? Como era bom, a hora do ditado então... Tão bom lembrar desse mundo magico da alfabetização, tantas descobertas, tanta fantasia, magia, amor e carinho. O nosso castelo era mesmo muito especial, vai deixar saudades.

Foi você que ensinou o que hoje sei

Me mostrou o caminho e como fazer para ser feliz

Tudo fica tão bom doce como mel
Faz a escola até parecer um pedacinho do céu
Toda vez que eu precisei você me deu a mão
Sempre abrindo seu coração
Por isso eu amo você
Professora por que é que tem que ser assim?
Num ano me ensina tudo
E no outro ano te afasta de mim.
Professora que corrige os erros meus

Me ensina a dizer te amo...

Mas não me ensine o que é adeus.

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= Sobra tanta falta =

TeatrO.

TeatrO.
Cada palavra dita, cada expressão retorcida, cada gesto, o menor deles, feitos em um palco, não são apenas gestos, palavras e expressões, pois cada um deles é feito por nossas vozes interiores, vozes da alma, que gritam desesperadamente para ganharem vida.Vozes que afagam e que elevam nossas mentes, levando-as para uma transição entre o real e o imaginário. Cada personagem é uma vida e uma renovação no nosso modo de pensar e agir. Essas personagens jamais serão esquecidas, sempre viverão em nossas mentes, estão em movimento contínuo, misturam-se e criam sempre mais, com um pouco de uma e um pouco de outra, novas, novas e mais novas personagens são criadas e apreciadas por aqueles que tem o prazer e o dom de entendê-las. "O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor de teatro é bom na medida em que escreve peças que dão margem a grandes interpretações dos atores. Mas, o ator tem que se conscientizar de que é um 'cristo' da humanidade e que seu talento é muito mais uma condenação do que uma dádiva. O ator tem que saber que, para ser um ator de verdade, vai ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios. É preciso que o ator tenha muita coragem, muita humildade, e sobretudo um transbordamento de amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor da personalidade de seus personagens, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano não tem instintos e sensibilidade padronizados, como os hipócritas com seus códigos de ética pretendem." Plínio Marcos"

Meu bem querer.

Meu bem querer.
Nada é melhor do que minha palheta preta no meu violão velho de cordas descoordenadas, tocando melodias sem tom, letras sem nexo e gritos de solidão. Inicio de coisa boa, misturado com um som sem igual, desafinado, mas ainda assim perfeito, lindo, uma arte abstrata, subjetiva e cheia de dúvidas. Minha linda palheta preta toca com precisão nas velhas cordas cheias de nós do meu velho violão. (Day Guedes)

"E metade de mim é platéia e a outra metade canção... por inteira sou arte"

"E metade de mim é platéia e a outra metade canção... por inteira sou arte"
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio, que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca, pois metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante, porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade. Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento, porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço, que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada, porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão. Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável, que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que me lembro ter dado na infância, porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei. Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito, e que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba, e que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer, porque metade de mim é platéia e a outra metade é a canção. E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também.