"Tinha voz e jeito de sereia
e vento o tempo todo nos cabelos (na nossa imaginação)"
Era uma vez uma professora que tinha um jeito todo seu de entender o mundo e um modo que todos achavam muito maluquinho de mostrá-lo aos seus meninos. Uma Professora que todos nós já tivemos ou deveríamos ter tido, que parecia uma artista de cinema e que acrescentou aos nossos sentidos um novo sentido: a capacidade de ler e escrever.
Na nossa imaginação ela entrava voando pela sala (como um anjo) e tinha estrelas no lugar do olhar.
Tinha voz e gesto de sereia e vento o tempo todo nos cabelos (na nossa imaginação).
Seu rosto era solto como um passarinho.
Ela era uma professora inimaginável.
Anjo, estrela, sereia, passarinho, essa professora é também diabólica, pois ousa infringir as normas da escola e situar-se ao lado dos deuses. Afinal, em sua opinião, é o professor quem termina por acrescentar ao homem o “sentido que o completa”, ao proporcionar-lhe o desenvolvimento da capacidade de ler e de escrever.
O homem nasce com visão, audição, olfato, tato e gustação. Mas não nasce completo. Falta a ele capacidade de ler e escrever como quem fala e escuta. É a professora que — como um deus — acrescenta ao homem esse sentido que o completa!
Mas não nos apressemos em julgá-la rápido demais. Anjo, demônio, fada ou deusa, essa professora permanece imperfeita, mesmo aos olhos daqueles que a veneram: Não sabe tudo, como querem os mestres em seu lugar de mestres, mas apenas o que lhe for suficiente para seguir seu desejo (a História e a Geografia para viajar pelo mundo); não está sempre atenta e responsiva, mas, às vezes, chega “na sala com um bico maior que o de um tucano”; não acerta sempre, mas possui a sabedoria daqueles que conseguem fazer do erro um outro caminho, um caminho possível.
Quem será capaz de trilhar, com essa professora inesquecível, esses caminhos do erro e da errância de uma aprendizagem?
Tinha voz e gesto de sereia e vento o tempo todo nos cabelos (na nossa imaginação).
Seu rosto era solto como um passarinho.
Ela era uma professora inimaginável.
Anjo, estrela, sereia, passarinho, essa professora é também diabólica, pois ousa infringir as normas da escola e situar-se ao lado dos deuses. Afinal, em sua opinião, é o professor quem termina por acrescentar ao homem o “sentido que o completa”, ao proporcionar-lhe o desenvolvimento da capacidade de ler e de escrever.
O homem nasce com visão, audição, olfato, tato e gustação. Mas não nasce completo. Falta a ele capacidade de ler e escrever como quem fala e escuta. É a professora que — como um deus — acrescenta ao homem esse sentido que o completa!
Mas não nos apressemos em julgá-la rápido demais. Anjo, demônio, fada ou deusa, essa professora permanece imperfeita, mesmo aos olhos daqueles que a veneram: Não sabe tudo, como querem os mestres em seu lugar de mestres, mas apenas o que lhe for suficiente para seguir seu desejo (a História e a Geografia para viajar pelo mundo); não está sempre atenta e responsiva, mas, às vezes, chega “na sala com um bico maior que o de um tucano”; não acerta sempre, mas possui a sabedoria daqueles que conseguem fazer do erro um outro caminho, um caminho possível.
Quem será capaz de trilhar, com essa professora inesquecível, esses caminhos do erro e da errância de uma aprendizagem?
- Meu desejo é fazer da sala de aula uma ciranda de roda. Sondar a imaginação de cada criança que me foi dada a oportunidade e o previlegio de ensinar a ler, a escrever e a viver.
- Meu desejo é fazer de um ano escolar o melhor e o mais significativo para que quando forem adultos se lembrem das tantas risadas e brincadeiras que tivemos juntos.
- Meu desejo é poder olhar lá na frente e saber que cada um levou consigo um pouco de mim, sendo ou não a sua fada azul, sua fonte de inspiração para criar e imaginar histórias que não são permitidas realmente.
- Meu desejo é olhar para cada um e dizer: vale a pena sonhar e imaginar, vale a pena brincar de aprender e aprender a brincar, sempre.
As minhas queridas (e melhores) professoras: Dinda Rosa Malena, Estela Mari e Flávia Cristina e aos meus pequenos, em especial ao: Meu Gui, da sua sempre fadazul.
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